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Memorial


Vilani Gonçalves de Oliveira Fonseca

Data de nascimento: 18 de fevereiro de 1962

Naturalidade: Independência – CE

Nacionalidade: Brasileira

Estado Civil: Casada

Endereço atual: Rua José Pedro de Azevedo, 670,

São Rafael – RN

Atividade profissional: Professora

Local de trabalho: Escola Estadual Tristão de Barros e Escola Municipal Francisco de Assis de Souza – São Rafael – RN




Memorial apresentado à conclusão

do programa Gestar II – gestão da

aprendizagem escolar de Língua

Portuguesa




Iniciei minha vida escolar aos sete anos de idade, quando aprendi as primeiras letras na “Cartilha de ABC”, a escola era em casa com a professora contratada pelos pais, onde não havia o processo de alfabetização propriamente dito.

O ensino era tradicional, aprendia-se as letras, depois as sílabas e as palavras eram soletradas sem nenhuma compreensão, nem sentido, se decorava as palavras por nada. A professora não possuía formação no magistério, apenas o curso primário sem nenhuma concepção de leitura e escrita, apenas reproduzindo as sílabas sem sentido, apenas decorávamos as palavras. O objetivo era somente conhecer as letras do alfabeto, os livros eram apenas cartilhas com leituras descontextualizadas, somente palavras soltas, não havia acesso a leituras didáticas.

Lembro-me que meu pai lia romances e cordéis para nós a noite, eu e minhas irmãs achávamos muito bom, sempre queríamos ouvir as histórias todas as noites. Com o passar dos anos, lembro que comecei a ler alguns livros literários como “Iracema”, “A moreninha”, “ A escrava Isaura” e algumas outras obras.

Atualmente na escola lê-se os livros didáticos, teóricos, revistas, jornais e artigos. A nossa escrita na maioria das vezes é lida por nós mesmos e pouco pelos alunos, geralmente reproduzimos as atividades dos livros didáticos e em alguns momentos produzimos algumas atividades quando queremos avaliar o aluno no período das avaliações constantes. Temos pouca prática de leitura e certamente passamos isso ao nosso aluno.

Lembro-me que meus pais diziam que precisávamos aprender a ler e escrever e incentivavam em todos os sentidos, pois foi graças a eles que abracei o magistério.

O meu primeiro livro a ler com compreensão foi “A moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, na época fiz uma ficha de leitura como atividade avaliativa cursando o quarto ano primário.

As aulas de Língua Portuguesa sempre me deixavam entusiasmada, na escola, pouco se procurava a biblioteca, pois não nos sentíamos incentivados pelos professores e também pela falta de estrutura deste ambiente que não recebia o devido valor.

No ensino médio, a professora que me cativou e deu sustentação na minha prática foi sem dúvida a de português, me sentia feliz e grata quando assistia a suas aulas, elas se tornaram muito importantes para minha prática, pois eu me dedicava muito a gramática e me sentia atraída pelas classes de palavras. Nunca gostei de matemática, achava difícil e na época não queria mesmo aprender, não valorizava, devido ao pouco conhecimento.

Ao ingressar no ensino superior senti algumas dificuldades, pois não tinha prática de leitura e isso levava a resistência do fato novo que estava acontecendo, daí o importante papel dos professores atuarem como orientadores, organizadores e coordenadores das atividades realizadas.

Através das aulas e de novas leituras pude mudar a visão e a prática que tinha, e passei a acreditar que o ato de ensinar consiste em envolver os alunos em todo processo de construção do conhecimento. Tudo isso pode ser adquirido com a leitura de Freire, Luckesi e Piaget.

Hoje procuro lê para ajudar a compreender a realidade e poder levar a escola a participar e está presente no processo contínuo de ensino-aprendizagem.

1 comentários:

Saber e sabor disse...

Vilani, parabéns por superar suas limitações com os computadores.
Obrigada por esforçar-se em levar sempre o seu melhor para cada encontro com os formadores. É assim! Não nascemos prontos, mas estamos aprendendo.
Um grande abraço!
Lenita

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